O século XX foi fundamental para o desenvolvimento do sentido moderno do termo mercado de trabalho, pois passou a ser tratado como uma forma predominante de produção de bens e serviço, pois até a década de 30, o trabalho era uma mercadoria negociada livremente, uma vez que quase era inexistente leis e contratos de trabalho. Com a criação da CLT no governo de Vargas as noções de formalidade e informalidade foram sendo delineadas. Com a virada do século XXI a informalidade foi perdendo forças, e novas ofertas de empregos formais foram surgindo ano a ano, porém nota-se que ainda há uma segregação para a ocupação desses cargos. Em meio a esse crescimento do mercado várias profissões foram surgindo ao longo deste período, e a profissão de engenheiro é uma delas. Pois nota-se que desde os tempos remotos já se aplicavam métodos e técnicas para desenvolver utensílios e ferramentas que auxiliassem a vida do ser humano. Com isso, o propósito dessa pesquisa é examinar e quantificar as diferenças salariais no mercado de trabalho para os engenheiros residentes no estado do Rio de Janeiro, com 24 anos ou mais de idade. A pesquisa está embasada nos dados fornecidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – do IBGE para os anos de 2005, 2008 e 2011. Buscou-se identificar se existe uma contribuição empírica na renda média hora para os indivíduos no mercado de trabalho informal, além da variável idade, gênero, graduação, chefe e cor ou raça. Para a manipulação dos dados utilizou-se o programa SPSS 15.0 e análise de regressão múltipla. Ao final da análise pode-se observar que o mercado de trabalho ainda apresenta segmentação em relação ao gênero e a cor/raça refletindo em seus rendimentos, assim como diferenciais salariais em relação à informalidade e ao nível de graduação. Nota-se que na informalidade a renda hora é maior, porém na análise de regressão o coeficiente β deu negativo, mostrando que um grupo de indivíduos na informalidade pode estar elevando essa renda, pois na realidade quem está no mercado formal tende a ganhar mais.

Acesso à publicação:

https://doi.org/10.22409/engevista.v19i3.881

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