Resumo
Este artigo analisa, a nível regional e local, a dificuldade das pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras de metalmecânica com relação à sua capacitação em tecnologia industrial básica (TIB). Trata-se de capacitação tecnológica fundamental que demonstra o domínio de um conjunto de tecnologias de apoio para garantia de sobrevivência e suporte ao catching up tecnológico das empresas. Compreendem a normalização, a metrologia, a regulamentação técnica e a avaliação da conformidade, todas competências alicerçadas em conhecimentos já disponíveis e padronizadas no mercado. Utilizando-se como metodologia um estudo de caso do setor metal mecânico da Zona Oeste do município do Rio de Janeiro, Brasil, levantam-se as principais demandas das PMEs por capacitação em TIB e faz-se uma análise crítica da possibilidade dessas demandas serem atendidas pelo novo arranjo institucional brasileiro de extensão tecnológica (SIBRATEC-ET). Entre os principais resultados, observou-se que esta oferta de apoio institucional, ainda que tenha um potencial para atender às demandas por capacitação tecnológica e organizacional das PMEs de metalmecânica, debido a sua forma flexível de atendimento não atingiu nem o nível de eficácia, nem o de eficiência esperados. A consequência disso foi a falta de efetividade do programa para os fins a que se destinava: o apoio ao desenvolvimento das PMEs industriais do estado do Rio de Janeiro.
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