Petrobrás está perto de retomar sua participação no setor de fertilizantes
A Petrobrás está muito perto de retomar sua presença no setor de fertilizantes. O presidente da companhia, Jean Paul Prates, disse hoje (4) que a estatal pode retomar em breve a operação da fábrica de fertilizantes nitrogenados do Paraná (ANSA). Um grupo de trabalho dentro da empresa está estudando a possibilidade de repartida da planta e deve chegar a uma conclusão nos próximos 15 dias. As análises até aqui apontam para a viabilidade econômica do reinício da unidade. Segundo Prates, quando a decisão for tomada, a Petrobrás poderia retomar a operação da ANSA dentro de oito meses. A planta está hibernada desde 2020 e tem capacidade de produção de 1.975 toneladas por dia de ureia e 1.303 toneladas por dia de amônia. “É um passo muito importante porque representa a reentrada da Petrobrás na fabricação de fertilizantes, que é uma diretriz nacional, e não só da Petrobrás, após a invasão da Ucrânia pela Rússia”, disse Prates durante entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira. Uma vantagem competitiva da ANSA é o fato de a planta estar perto da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária (PR), podendo aproveitar sinergias. A Petrobrás já havia tentado vender a unidade durante gestões anteriores, mas as negociações não foram concluídas. Em paralelo, outras duas fábricas de fertilizantes da Petrobrás no Nordeste, em Sergipe e na Bahia, também estão dentro dos planos. Hoje, as duas unidades estão arrendadas para a Unigel, com quem a estatal está negociando uma possível parceria – que incluiria ainda a produção de hidrogênio verde. “Estamos tentando diante dessa nova disponibilidade da Petrobrás na questão de fertilizantes, para juntar esforços com eles [com a Unigel] e eventualmente até incluir hidrogênio verde”, afirmou Prates. No momento, a Unigel enfrenta uma crise financeira na operação das duas plantas, com rumores até de uma demissão em massa. Por fim, a Petrobrás também analisa a retomada do projeto de fertilizantes nitrogenados de Três Lagoas (UNF-3), no Mato Grosso do Sul, cujas obras estão paradas há alguns anos. Nesse caso, o diretor executivo de Processos Industriais e Produtos, William França, disse que a companhia está avaliando cronograma e viabilidade econômica. França afirma que estudos também apontam para a viabilidade na retomada das obras, o que possibilitaria uma capacidade de produção de 3,2 mil toneladas de ureia, utilizando gás natural como matéria-prima, que seria transportado pelo Gasoduto Bolívia-Brasil.
Gasolina voltará a ficar cara? Petrobras (PETR4) está de olho na alta do petróleo
A Petrobras (PETR3;PETR4) está olhando com atenção para os desdobramentos dos fundamentos do mercado global, incluindo a volatilidade e elevação nos preços do petróleo e os impactos no Brasil, disse a empresa estatal nesta segunda-feira (31). A companhia reforçou em comunicado que os ajustes de preços de produtos ligados à commodity são realizados “no curso normal de seus negócios”, com monitoramento contínuo dos mercados, o que inclui análise de preços competitivos por polo de venda, em equilíbrio com os mercados nacional e internacional. A petroleira destacou que o momento é de “grande incerteza” quanto à recuperação da economia global, gerando volatilidade na demanda por energia e na oferta de petróleo e de combustíveis, de uma maneira geral. “Essa combinação, no curtíssimo prazo, levou a uma elevação dos preços de referência e da volatilidade. Ao mesmo tempo, observa-se um aumento do fluxo de combustíveis oriundos da Rússia para o Brasil”, levantou a companhia. A Petrobras afirmou que eventuais reajustes, quando necessários, serão realizados suportados por análises técnicas e independentes. A empresa reforçou ainda que os reajustes nos preços continuam sendo feitos sem periodicidade definida, “evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.
PETR4, PRIO3, RRRP3 e mais: A data dos resultados das petroleiras no 2T23 e o que esperar
A temporada de balanços do segundo trimestre de 2023 (2T23) começa nesta quarta-feira (2) para as empresas do setor de petróleo e gás, com a Prio (PRIO3). Ainda esta semana, a Petrobras (PETR3; PETR4) e a Enauta (ENAT3) divulgam resultados, também após o fechamento do mercado, na quinta (3). 3R Petroleum (RRRP3), Ultrapar (UGPA3) e PetroReconcavo (RECV3) reportam seus números nos dias 8, 9 e 10 deste mês, respectivamente. Cosan (CSAN3) e Vibra (VBBR3) fecham a temporada, anunciando no dia 14. Fitch corta nota de crédito dos EUA: Entenda o impacto nos mercados globais e como isso mexe com seu bolso no Giro do Mercado de hoje (02), é só clicar aqui! Aproveite para se inscrever no nosso canal e fique ligado nas próximas lives, de segunda a sexta-feira, às 12h. Na análise da Genial Investimentos, a queda no preço do petróleo no segundo trimestre “certamente irá resultar em receitas menores e margens um pouco mais apertadas” para as empresas do setor. Por outro lado, o preço do barril ainda se encontra em níveis “bem confortáveis” para as petroleiras. “Assim, ainda que sejam afetadas pela queda dos preços, não é algo que irá afetar a saúde delas”, avaliam. Fonte:moneytimes.com.br